Separe as contas
Ao tentar ajustar o financeiro, é comum encontrar dificuldade para manter o direcionamento inicial, após entender o quanto existe de receita e despesa, e definir os objetivos, sejam de curto, médio ou longo prazos. Um dos motivos é a falta de costume em se registrar as informações, o que hoje pode ser contornado por aplicativos, inclusive disponibilizados pelos próprios bancos.
Um outro motivo bem comum, é misturar o dinheiro, para as várias destinações. E, neste ponto, fica a recomendação de separar as contas. Se você é empreendedor, inclusive, recomendo separar as contas pessoais das contas da sua empresa.
A razão básica para este problema, é que, sobretudo se você está no início da sua organização, e provavelmente ainda não tem disciplina ou um hábito criado para manter as coisas em dia, a probabilidade de você usar uma receita que seria destinada para uma atividade, em outra, será grande.
Com a quantidade de bancos hoje disponíveis, quase todos com opções de contas sem tarifas, fica tranquilo separar o dinheiro, e evitar a sabotagem dos objetivos, por colocar o dinheiro todo em uma única carteira. Se você não tiver o dinheiro para gastar, na carteira que está gastando, vai ficar mais fácil, inclusive, controlar os impulsos de gastos desnecessários.
Imagine o seu financeiro, pois, como se fosse uma empresa, com departamentos distintos. Suponhamos que você tenha alguns departamentos, por exemplo, chamados: contas básicas, reserva financeira, investimentos, aposentadoria, lazer/viagens (você pode definir alguns à mais ou à menos, conforme sua realidade).
Quando receber o seu salário, ou, se você tem renda variável, quando fizer o seu balanço de receitas, com a periodicidade que definir, transfira o percentual que definiu para cada departamento para a sua respectiva conta, ou seja, você vai proteger o capital daquela conta, para o fim a que se destina.
Com essa nova realidade, se sua conta de contas básicas tiver uma gordura, e nas suas regras você definiu que a poderia utilizar para uma compra à mais, ok. Se não, não vai ter à disposição o dinheiro que estiver na conta reserva financeira, por exemplo, evitando um desperdício à mais.
No curto prazo, isso pode não representar muita coisa, mas no longo prazo, você verá suas contas específicas aumentando, o que lhe representará um passo à mais a caminho da sua independência financeira.
A ideia básica é dificultar o acesso ao dinheiro que não deve ser gasto hoje, para que você faça sua reserva crescer. Entenda que, assim como mencionado sobre os juros compostos, o crescimento é exponencial ao longo do tempo. Ao calcular 10% em cima de mil reais, o valor será maior do que se calculado sobre dez reais. Portanto, o esforço inicial é salvar o capital, para permitir que a base de cálculo de seus ganhos seja cada vez maior.
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