Emoção versus dinheiro

O texto de hoje tem tudo de finanças e tudo sobre responsabilidade! Talvez você ache que educação financeira, dinheiro, dívidas, lucro, e todo o resto que cerca o caminho para a idependência financeira seja matemático, fixo, calculável, mas não é bem assim.

Para iniciar, a Economia, não é uma ciência exata, mas sim, uma ciência social: "A Ciência Econômica é uma ciência social, que estuda o funcionamento da Economia Capitalista, sob o pressuposto do comportamento racional do homem econômico, ou seja, da busca da alocação eficiente dos recursos escassos entre inúmeros fins alternativos."

Essa definição, extraída do site da FEA - USP, nos traz alguns pontos interessantes, como os termos "pressuposto comportamento racional" e "recursos escassos". Veja bem, as suas decisões econômicas não são pura matemática, mas sim emocionais, influenciadas pelos seus desejos, pelo círculo social em que você se encontra, suas crenças, a necessidade ou não de mostrar sucesso, e por aí vai. Com relação ao outro ponto, para a maioria das pessoas essa conta é fácil: seu salário não é infinito.

Sabe porque as análises técnicas no mercado financeiro funcionam? Porque existe uma análise de comportamento humano nas conclusões dessas análises. Todavia, trabalha-se com probabilidade, não com certeza, e é muito importante você entender isso, se quiser se dar bem com o dinheiro e fazê-lo prosperar.

Em um primeiro momento, as contas são simples, dentro daquela lógica de entradas e saídas, tentando equilibrar as contas e buscar o ponto de equilíbrio (momento em que suas receitas vão pagar suas despesas). Mas, depois dessa parte, quando começar a sobrar dinheiro, você vai ter que fazer escolhas de investimento.

Mas, antes das escolhas de investimento, vamos voltar um ponto na briga para o tão sonhado zero a zero (sim, porque o endividamento do brasileiro é absurdo). O que tem a ver tudo o que eu citei com essa etapa? Simples, você não gasta somente pelo racional, mas pelo emocional.

Black Friday, tudo pela metade do dobro, o que a maioria faz? Considera o cartão como dinheiro e enfia o pé nas dívidas com tudo. Você precisa de um carro para se locomover? A maioria não compra só o que precisa, mas toda a perfumaria que a mídia nos vende, mesmo sem necessidade imediata, ou mesmo que venham parcelas a perder de vista, pelo sentimento de realização. E por aí vai... poderíamos citar exemplos em todas as áreas, de comida a lazer e saúde (já pagou academia e não foi?).

Controlar as finanças e fazê-las prosperar, desde o primeiro momento, é um jogo de autocontrole e autoconhecimento, em que aprendemos a controlar as nossas emoções, ou somos controladas por ela.

Direcionando a questão da escassez para o seu dinheiro, analise o que vai comprar e se é necessário, sobretudo na etapa de busca pelo equilíbrio. Quando tiver dinheiro sobrando, analise as opções de investimento não apenas pelo valor de retorno, mas considere risco, retorno, alavancagem e demais informações.

Para quem já operou no mercado financeiro em tempos curtos, sabe o quando é fácil abandonar a racionalidade e deixar a ganância, medo e outros sentimentos tomarem conta das nossas decisões.

Na luta entre a sua emoção e o seu dinheiro, embora você dificilmente conseguirá ser 100% racional, afinal de contas, você é humano, eu lhe aconselho a buscar estar no controle e não só se deixar controlar!

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